terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Devaneios sórdidos

Gostaria apenas de voltar ao pretérito imperfeito,
Onde enfim, eu seria algo a mais.
Exatamente o que me falta,
O que me cerca, cala e emudece 
De formas em que não sei mais
Não sei mais quem fui,
Tampouco o que seria,
Menos ainda o que sou.

Fundo do poço das ideias
Clareza de pensamentos...
É isso o que urge
Temperos insalubres
Pra aromatizar uma vida de promessas
De devaneios sórdidos 
De 'sei lá quem disse'
Caprichos que toldaram toda a alma
De um ser que nada mais almejava
Senão independência.

Quem imaginaria, oh donzela da boca exígua.
Exigências que não foram planejadas
Planos que de tanto serem modificados
Perderam a essência
Mas que essência?
Que o favo do seu mel seja amiudemente
Quebrado.
Que tu te tornes novamente 
Aquilo que um dia fez sentido
Ou que nunca te percas 
Em vãs tentativas de acertar.