domingo, 16 de outubro de 2011

Se voltar é meu!


Joguei pra cima e acho que se voltar, é realmente meu.

Nunca tive tanta certeza do que eu NÃO quero em um espaço de tempo tão curto. Eu venho aprendendo a colocar em prática uma série de acontecimentos que eu não quero pra mim. Se você prefere agir de forma a provocar uma mudança silenciosa ao invés de demonstrar toda a sua decepção por não ter alcançado um objetivo, estará com certeza, agindo de forma mais proveitosa. E acho que eu venho fazendo isso ultimamente. Ou pelo menos aprendendo a fazer.

Demonstrar certa austeridade um tanto disfarçada em sua totalidade, é até aconselhável na busca por algo tão promissor neste momento. Me sinto estranhamente segura agora. E isso me ilude, eu sei o que há.

Não que eu queira viver sempre assim, nessa duplicidade de opiniões. Mas muito me agrada a ideia de que no final tudo terá se encaminhado para o meu tão almejado objetivo.

Fiz, há alguns minutos atrás, algo bem esquisito pra mim que, logicamente, acho que me conheço bem. É esquisito justamente por isso. Pensei tanto em algo que não deveria, que acabei mudando o sentido de uma atitude que havia sido previamente bem pensada. E, embora eu saiba bem no fundo do que se tratava (ou trata) ou quais as minhas intenções com isso, eu temo as suas consequências. E também, por saber da gravidade a longo prazo que elas podem me trazer.

A descoberta da infantilidade iminente mesmo me surpreendendo sempre, me faz acreditar que não sou responsável pelo que acho que sinto. E embora eu seja apenas humana, nadando sempre contra a maré, me sinto apta a mergulhar nesse infinito mar de aventuras e devaneios em busca da minha esdrúxula felicidade.

sábado, 17 de setembro de 2011

Os meios justificam os fins

É incrível como eu venho mudando meus conceitos ultimamente. Não imaginei que seria assim, tão veloz, essa percepção de coisas que me inibiam há alguns meses.

Sim, eu já imaginava que aconteceria mais cedo ou mais tarde, fatidicamente. Só não me via passando por isso nessas condições, sob acontecimentos tão previsíveis. Possibilidade nenhuma haveria de ocorrer algo tão fantástico, proveniente de algo tão ambiguamente clichê.

Há ainda situações muito mal-resolvidas, mas a quantidade de experiências que obtive ultimamente me fez crer que posso muito mais, que eu posso ter esperanças. Que eu posso enfim, ser feliz de verdade.

Eu acredito que os meios justificam os fins e não no contrário, pois se há algo certo neste momento em meu coração, é que eu estou aprendendo a amar. E a amar de verdade. A ter uma sensibilidade apurada. Tão apurada a ponto de mudar toda uma história de vida de toda uma família.

Não estou exagerando não. Se você soubesse de metade da minha história compreenderia gratuitamente. Por outro lado, penso que estou aprendendo a filtrar melhor as pessoas entre si, a absorvê-las integralmente e sem julgá-las. Me diga se isto não é fantástico?


Teoricamente sim, mas um dia eu percebi que não conseguiria fazer o que eu quero futuramente, sozinha. E você não imagina como isto é frustrante. Meu maior sonho sempre foi a independência. Em todos os sentidos. E eu consegui realizá-lo até onde pude. E se este não fosse também meu maior problema, talvez eu fosse bem mais exigente.

Eu costumo tomar atitudes involuntárias, para me autoaprovar e reconhecer a veracidade de certos sentimentos novos pra mim, que me apavoram vez ou outra. O que é bem melhor do que quando eu percebo os das outras pessoas e de certa forma, passo a julgá-las inocentemente, numa atitude também involuntária. E quando volto à realidade, me surpreendo com as discrepâncias existentes entre o que eu imagino e o que eu vivo/sinto. Isso incomoda, incomoda gigantescamente.

Eu acho mágico enxergar a beleza no coração das pessoas. Assim como adoro admirar as pessoas discretas e seguras de si. Não há nada mais recompensador que ser reconhecido ou saber que se está fazendo bem a alguém com um simples sorriso sincero. Às vezes, é melhor calar a voz e deixar que o peso de uma consciência não corrompida, execute a tarefa mais difícil.

                                                                                                           
Mas hoje, o que eu mais quero é agradecer. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pessimismo




É realmente mais proveitoso quando você não conhece todo o seu potencial e não imagina o que as pessoas pensam a respeito dele. Assim como, quando você não faz ideia do que acontecerá após um tempo e mesmo não estando presente na vida de determinada pessoa, no momento oportuno, esse alguém te surpreende positivamente. Isso é absolutamente recompensador e estimulante!

Muita gente não entende quando eu digo que é mais conveniente deixar algo entreaberto de início e ir demonstrando algo arrojado e especial no decorrer de um ciclo, mas com cautela e segurança, evitando assim um desgaste relacionado a não-absorção ou incompreensão daquilo que queremos ser para algo ou alguém.

Sim, é complicado conseguir ser seguro e otimista com relação a algo que se quer muito e que, a princípio, é visto como um tabu a ser alcançado. Até porque, acredito que somos atraídos primariamente pelo que está a um patamar acima do que somos ou de onde estamos. Então, como não ser pessimista em casos onde estamos sempre abaixo do que almejamos?

É aí que mora o perigo. Se você quer ser reconhecido por determinada qualidade ou quer se sentir querido por alguém por quem o é pra você, não deixe transparecer o seu pessimismo, que por vezes chega a ser exagerado por quem não deveria nem imaginar algo relacionado, ao passo que é normal pra você. Simples atitudes mal-interpretadas interiorizam-se como características torpes e, com o tempo, tendem a ajudar a formar um "pré-conceito" destrutivo daquilo que se imaginou e foi objetivado no início.

Bom, falar é fácil... mas tentar não custa nada, né?

domingo, 29 de maio de 2011

Desistência prévia





Me deixo levar. Desisto.

Desisto de esperar tanta especificidade que me cansa, me apaga e me exime de ascensão. 
Vou-me sem estilo, sem cor, sem auréola, austera, áspera, doce e desespero.
Cometo arduidades insignes em momentos apaziguadores que certamente causará mais calamidade, inimizade até se tornarem sistêmicas e atinjam Babel...
Amargor! Shit!
Pseudo-amigos, superficialidades que pouco me preocupam. Densa monotonia.
Culpa? Não existe, amigo. Ela se afasta como um relance forjado de olhar masculino num corte de cabelo bem-feito. Bem feito!
Culpa sua, culpa dela, destes. Enfim, minha. Sim. Eu a louvarei amanhã. Sinto, olho, esquivo-me.
Tantos meios de se tornar alheio, comum, desprovido.
Tanta força pra que não existam provas. Motivo: há?
Poucos anos, pouca (ou muita) sorte. Ou não.
Consinto? Despeço-me? Chuto mais uma pedra? Cubro com mais duas? Aguardo como sempre?
Ou prossigo minha velha filosofia de desistência prévia? Sem arrependimentos, lembra?
Só me reinventando como acostumada estou. Me chuto, me procurando.
Te acho. Oi?

domingo, 1 de maio de 2011

Raios da manhã - Jorge Vercilo


Ah! solidão
Muralhas que a distância ergueu
São pontes que a esperança constrói
Nos raios da manhã
Quanta ilusão
Saudade tem limite, eu pensei
E quando creio que ela acabou
Me leva mais além
Teu amor
É clarão no breu
Eu me sento nas estrelas
E bebo do graal
Um simples mortal
Provando os licores do céu
Meu amor
Eu só sei calar
Quando a voz da tua pele
Me pede assim:
- Navega em mim,
Que eu sinto os prazeres do mar.

domingo, 24 de abril de 2011

Causa mortis



"Dia após dia, cada vez mais fria
Você matou sua mãe pra estudar anatomia
Ano após ano, seu sorriso insano
Você matou seu pai com veneno no cinzano (...)"


 Humberto Gessinger (EngHaw)


 Só pra descontrair! :)
 

Exigências




Se existe algo que eu considero extremamente complicado é colocar em prática uma decisão marcante. Eu posso até deixar duas alternativas na ponta da agulha, mas daí a tomar uma delas como certa, é outra história.

Não é de hoje que eu sou alguém (muito) indecisa. Mas em determinadas ocasiões, se eu vejo que a decisão influencia em alguma ou em várias áreas importantes, eu sou quase obrigada a fazer o que eu pouco gosto: DECIDIR.

E isso tem ocorrido com certa frequência. Tanto que eu estou quase me acostumando com a ideia de exigir mais das pessoas, do meu ambiente e das minhas atitudes. Coisa que eu, há muito pouco tempo, não me sentia à vontade fazendo.

Talvez eu tenha me tornado dessa forma por não ter uma figura externa que me cobrasse algo desse tipo. Sempre fui de poucas palavras, amigos e afins e isso, embora não seja algo decisivo hoje, deve ter contribuído bastante nessa formação.  

Na verdade, eu só queria entender essa minha incerteza das coisas. Isso de deixar tudo pra última hora, de exigir pouco das pessoas e de mim. Essa insegurança e baixa necessidade de autoafirmação... Eu acho que ta tudo muito rápido, to ficando tonta já!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Em meio a extinções




Despindo a escuridão que tem alarde no teu lado esquerdo

Vivo eu à esquiva de tudo o que me cerca

Tentando em via de mão dupla ludibriar a mim mesma

Senão à deriva de minhas emoções, estaria a compreender devaneios

Viver exceções

Elogiar inverdades

Mesmo estando em completo desleixo com relação a adjudicações

Compenetrada estou. Mais que ávida

E me afinco

Denoto veias

Sei da compaixão, esquivo-me da dor

Abro mão de preceitos e alienações

Emotiva, expurgo

Reconheço-me de outrora

E alivio-me incessantemente

Até que em vasodilatações, esteja meu eu em momentânea e devota extinção.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Individualismo

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza. Às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso".

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 12 de abril de 2011

Proibido

A retroação motivada pelo reconhecimento de uma falha qualquer, somada à tentativa de agir diferenciadamente, através de meios distintos e tomada de decisões relevantes é totalmente avessa a uma retroação  que, mesmo motivada pelo reconhecimento de uma falha, esteja buscando meios para reverter a situação continuando a seguir o mesmo caminho de antes da falha.

domingo, 10 de abril de 2011

Dúvidas & dilacerações

Por tudo que és

Me fez transpor todas as regras do meu existir

Enxergar o que realmente sou quando ao seu lado: feliz e eterna

Felicidade: eis a mais bela e doce das que aprendi a dizer

Tola seria, e fui, se e ao deixá-la escapar de meus frágeis braços

Teu afago inconsistente, minha culpa exacerbada aos ínfimos sentimentos seriam

Angustiante astúcia!

Tempo

Dor

Graça

Amor e luz confinam-se em trevas

E ao calar da sina do meu silêncio estremeciam-se em calor e prazer

É você quem participa dos meus mais longínquos sonhos..

Mesmo me desesperando em dúvidas

Aflita

Hei de deixar-te em mim

Mesmo não havendo recíproca e espinhos se cruzem

Estou e sempre estarei ao teu lado

Em ouvidos e melanina

Agridoces e serenos

Fé e exigências

Tolices e palavras!

Te amo.

E amarei até onde estiveres comigo: no súbito de minhas tolas esperanças.

quarta-feira, 30 de março de 2011

QUEM SOU EU



Falar de si é meio chato. Chega a ser bem difícil! Poucos conseguem e esse pouco, o faz de forma abstrata e sem um conteúdo bem delineado.. pelo motivo básico que todos conhecemos: "É difícil enxergar o quadro quando se faz parte da foto" Foi o que eu fiz, embora tenha conseguido transmitir boa parte de minhas visões sobre minha pessoa, o que neste momento me serve apenas pra tentar materializar algo que tem-se tornado constante e instantâneo. Bom, eu me entendo geralmente, e é nisso que eu me apego!

"Cética, tímida, detalhista, ouvinte. Adoro o vento, o calor, a liberdade, as oportunidades e a praticidade. Curto uma boa música, uma boa conversa. Adoro acreditar na SORTE, no ACASO e costumo me deixar levar por eles, o que sempre me rende bons aprendizados ou talvez boas risadas! Tenho memória de elefante com o que me interessa de verdade, e isso às vezes é aleatório. Talvez o empirismo tenha me ajudado a meio que detectar pessoas falsas ou ainda que não valham à pena. Logo, mais cedo ou mais tarde, eu me afasto destas e se me resigno de vez, não costumo voltar atrás. Não me preocupo se perdi ou ganhei a confiança de Beltrano ou se Fulano gosta da cor do meu esmalte, se eles não me somam, nem me subtraem. Sou daquelas que deixa tudo e todos livres.. e mesmo que intrinsecamente, não meço esforços para tê-los junto a mim. Dou a vida por um sorriso, um dos olhos por um abraço. Se perco (ou ganho) horas te dando atenção, pode ter certeza de que você é importante! Afinal, eu costumo ter pavil curto e não me esforço pra ser sempre simpática.

Ah, eu mudo meus conceitos e opiniões numa velocidade ímpar! Afinal.. 'Quem nunca mudou de opinião, nunca aprendeu nada' "



domingo, 23 de janeiro de 2011

Com o tempo, você aprende a ficar menos afetivo, ou pelo menos a aceitar que as pessoas que geralmente são escolhidas para despertar certos sentimentos em você não são as mais adequadas.

Há tempos em que se percebe que todos são muito parecidos entre si para merecerem tamanha atenção que aprendemos a dar e passamos então a nos tornar seres constantemente inacabados, piamente passivos e muito pouco intensos.
Só os fortes, ou pelo menos os pouco fracos conseguem não se apaixonar pela maciez da pele em detrimento da clareza das idéias.  Eles podem até sentir uma leve emoção entorpecente de início, mas logo se tornam abruptos e austeros, e procuram prender-se a características interiores, que são, a longo prazo, mais proveitosas.
Também aprendemos a valorizar mais os detalhes, pelo menos alguns. Depois que vivenciamos os momentos e percebemos que não há como voltar no tempo, medimos todos os instantes e então, concluímos que cada detalhe foi vital, ou LETAL, para que certo objetivo se concretizasse ou não. Como diz Robert Brault: “Aprecie as pequenas coisas, pois um dia você pode olhar para trás e perceber que elas eram as grandes coisas."