segunda-feira, 29 de abril de 2013

Paradisé paraboliqué


Um sorriso, uma palpitação oscilante no peito canhoto
Experiência única que até transcende o imaginável
Mas por quantas primaveras?
Até que meu corpo se esmoreça e fique absolutamente quieto.
Calado, frio e ríspido. Austero.

Assim que acordar te sentir aferindo o calor da minha pele
Agonizante evidência na areia ansiolítica de Maceió
É tão claro que me cega
Tão lógico que ofende meu córtex e também o de Charlie

Sintonia, telepatia, comunicação por ele mesmo

Ouvi!
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Pen22ei!
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Quarta feira serei dois ponto dois
E sem turbina
Com aro vinte e cinco e também trinta e três
Sim: primeiro eles, eu venho depois








sexta-feira, 19 de abril de 2013

Incertezas

Chega um momento da sua vida em que todos os seus problemas refletem decisões que serão cruciais para a implementação dos seus mais longínquos sonhos.

E isto é bem complexo, se você já percebeu.
Ainda mais quando a ficha finalmente cai.
E você compara a sua vida a de alguém que algum dia esteve na mesma situação.
Compara e indaga sobre o presente dela que, possivelmente será o seu.
Pergunta-se, numa tentativa frustrada de descobrir algo subjetivo demais, se a pessoa é feliz ou pelo menos tem menos problemas que você.

A resposta é absolutamente negativa.

E então é mais fácil desistir de ter exemplos.
Se deixar levar pelos momentos.
Principalmente pelos ímpares e sem precedentes.
Pelos que você almeja ter pelo restante dos seus dias.
Que sejam lindos e limpos e verdejantes.
Mas que te tragam certezas que só você mesmo pode decidir se são válidas.


Borboletas

Medo.


De estar agindo precipitadamente.
Do arrependimento. Das dúvidas e decepções futuras.

Quero, posso, devo, transpiro teu suor. Leio teus olhos e lábios incessantemente.
Até que em vasodilatações eu esteja satisfeita.

Mas o medo continua.

Por tudo que vi, ouvi, senti e finalmente percebi.

Mas é mais forte, mais amplo, mais concreto.

(*)

Estou errada. 
É provável que sim. Ou não, segundo Heinsenberg.

Se tudo isso fosse outrora, mais certa estaria.

Sim.

É assim que responderei.
Pela sublime música que é tocada em meus ouvidos.
Pelo som de anjos ecoando em meu coração.
E finalmente, pelas mãos suadas.

Nas borboletas não acredito mais, pois são superficiais demais.
E mentirosas.

É isso que serei, feliz!