segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ana Cañas


Resolvi voltar aqui depois de tanto tempo, não para, mais uma vez, transcrever o que penso, o que imagino ou falar do que discordo. Hoje, enquanto pensava com meus botões, durante uma breve olhada no reflexo do espelho, ao som de Ana Cañas, notei que, PELA PRIMEIRA VEZ NA MINHA VIDA, as coisas fazem sentido. FAZEM MUITO SENTIDO.

Não sei se pela euforia mesclada com calmaria sem precedentes que senti ouvindo a música, ou pelo momento. Momento que talvez seja único, momento em que a importância dos vários instantes que eu vivo estão se entrelaçando e me fazendo crer ou perceber que eu, finalmente, tenho um pequeno espaço no mundo.

Soa estranho até quando eu releio o que eu acabei de escrever. Mas é a verdade. Inexplicavelmente eu acredito que vivia sem perspectiva concreta nenhuma. Depois de tudo o que passou, sinto que isso dói. Dói mesmo.

Mas só dói porque hoje eu fundi todo o “aprendizado excepcional” que eu tive no decorrer do tempo, com uma única luz interior, uma única centelha que foi reacendida, que hoje me move e não me transformará em cinzas novamente.

Essa luz iluminou o meu dia. 

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