sábado, 24 de janeiro de 2015

Delírios de epitáfio


Me pergunto "se"...
Respondo ao paradoxo que isto se torna, tentando compreender sua verdadeira e real sentença. 

Será tardar demasiado? 
Apenas lateralmente.
Na verdade não mais me domino 
Neste sentido
Visto que estou do outro lado
E dele só compreendo em partes.
A visão é turva, lapidada, rejuvenescida 

Nao há candidatos ao meu cargo, decerto
Não vejo melhor sentença 
Ele ainda sobrevoa 
Ainda adormece
Quem sabe quando tudo for efêmero?

Quando todos e inclusive eu mesma
Estivermos totalmente bem delineados
Robustos 
Certificados 
Resignados.

Quem sabe quando a sombra 
Essa que tanto me afugenta 
Essa que não me traz escolhas 
Essa que mesmo em face do maior encanto
Ainda assim me torna sã e tola.

Algum dia tudo se esvai 
E neste mesmo ínterim 
Chegarei ao meu destino
Epitáfio 
A lábia traduzida em sabedoria popular
Que é traiçoeira e fatídica, enfim.

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